domingo, 6 de novembro de 2011

Parques urbanos

Em resposta ao meu post sobre bicicletas, a Vida comentou que também tem medo de correr nos parques por aqui. Acho que este assunto também merece um post.

Em Montreal, além dos grandes parques, como Mont-Royal e Angrignon, é comum ter pequenos parques espalhados pelos bairros. Lembro de ter passado por um em Westmont, mas basta olhar os "quarteirões verdes" no Google Maps. Em Ottawa tem uma espécie de parque margeando o Canal de Rideau. Em Ville de Québec há o Battlefield Park.

Em São Paulo temos vários bons parques mas acho que são dispersos e poucos, proporcionalmente à população. Outro problema é chegar neles. Nenhum dos grandes parques é acessível por metrô. Normalmente são difíceis de estacionar e/ou há flanelinhas pedindo "para olhar" seu carro. Quando se estaciona fora do parque e não há flanelinha, corre-se o risco de roubarem seu som, ou seu carro. No Ibirapuera, o estacionamento passou a ser cobrado pois estava muito difícil de achar uma vaga (lógica contestável).

Além de tudo, há aquela cadela chamada Trânsito. Gastar 1:30 de condução ou 0:45 de carro para chegar em um parque desanima qualquer um. Enquanto em Ville de Québec as pessoas saem do trabalho às 17:00 e às 17:30 estão em algum lugar fazendo outra coisa, em São Paulo elas estão até as 19:00 no congestionamento.

Quanto à segurança, acho que alguns parques são seguros nos horários de maior movimento. Muitos parques  públicos tem dezenas de seguranças ou policiais vigiando. Mas há também exemplos como o Parque Ecológico do Tietê, onde eu nunca correria sozinha se fosse mulher. Mas a Vida está certa: O problema não são os parques, mas a sociedade violenta em que vivemos.

Um comentário:

  1. Olá!
    Voce tem razão, agora estou paranoicamente acompanhando a entrega do Sedex...
    Adorei seu blog!
    Abraço

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