segunda-feira, 23 de maio de 2011

A indefectível marcha

Quando pedimos o visto, o prazo é tão longo que parece que não é com a gente. É como a aposentadoria, algo remoto no qual não pensamos muito.

Tic, tac, tic, tac.

Pelo andar da carruagem, o meu visto deve ser emitido no começo do próximo ano. Já estamos quase em junho e  ainda tem muita coisa para fazer.


Tic, tac, tic, tac.


O problema é que faz muita diferença se o visto sair em janeiro ou em julho. Estou fazendo um curso que acaba em setembro do ano que vem. O mais racional seria parar e aplicar meu tempo em algo mais prático, já que, a princípio, não vai dar tempo de terminar. Mas fica sempre o pensamento: "E se... (toc, toc, toc)"? Já vi que no próximo módulo vai ter uma matéria legal. Se eu largar agora vou morrer na praia?

Se o visto sair em janeiro, de jeito nenhum vou ficar aqui até setembro. Lá que é frio, mas é aqui que a minha vida está congelada.

Como se diz em inglês: "The clock stinking" (ou "The clock is ticking", sempre me confundo).

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